A BENÇÃO DO SILÊNCIO

   Elias foi um grande profeta de Deus, usado para grandes manifestações; porém, depois do confronto e da destruição dos profetas de Baal, fugiu para os montes, buscando refúgio diante da ameaça de morte proferida por Jezabel.

I Re.19:11 – “E ele lhe disse: Saia para fora, e põe-te neste monte, perante a face do Senhor. E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento, e depois do vento um terremoto, e também o Senhor não estava no terremoto; e depois do terremoto um fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada.”

Elias buscou respostas de Deus e achou que elas estariam no vento, no terremoto ou no fogo, mas esqueceu-se, neste momento de aflição, de que o Senhor nos fala através do silêncio.

O silêncio é uma forma branda e suave para Deus comunicar-se conosco.

Sl.46.10a. – “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.”

Quando conseguimos aquietar todos os nossos sentidos, podemos sentir fortemente a presença do Senhor. É um momento de interlúdio, de um têtê-à-têtê com Deus.

Mt.6.6 – “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto, e fechando a tua porta, ora a teu Pai, que está em oculto, e teu Pai que te vê secretamente te recompensará.”

Momentos de intimidade com o Senhor no recôndito de nosso quarto e no silêncio são grandemente recompensados! O silêncio pode trazer resultados surpreendentes.

Na derrubada dos muros de Jericó, durante sete dias o povo rodeou a cidade, e fez sua marcha em silêncio absoluto. O grito da vitória só foi dado quando os muros caíram.

Is.26:20 – “Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti, esconde-te por um momento, até que a ira passe.”

Somos aconselhados , quando estivermos aborrecidos, a nos fecharmos dentro de nosso quarto, até que a ira passe. Momentos de silêncio trazem de volta o equilíbrio. Recebemos uma unção de fortalecimento quando nos aquietamos e, assim permanecendo, podemos ouvir a voz branda do Senhor ciciando em nossos ouvidos, direcionando-nos e dando-nos as instruções devidas.

Saiba se separar em silêncio, para receber o melhor de Deus para sua vida.

Hc.2:20 – “Mas o Senhor está no seu santo templo, cale-se diante dele toda a terra.”

A UNÇÃO DE SAUL

  Is.10:27 – “E acontecerá naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo será quebrado por causa da unção.

Desde o Antigo Testamento a unção feita com óleo santo é usada não só para transmitir autoridade e poder para os reis e sacerdotes, como também para curar.

A unção de Saul, o primeiro rei de Israel, deu-se da seguinte forma: Samuel, o último juiz foi convocado por Deus para ungir um rei que deveria governar sobre o povo. Apesar de sua relutância, aguardou pacientemente para saber quem o Senhor indicaria para exercer tal função.

Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim foi intimado por seu pai para encontrar algumas jumentas que haviam se dispersado de seu grupo. Depois de longa procura, sem êxito, quase desistindo, seus empregados sugeriram que Saul voltasse para que seu pai não ficasse preocupado (ISam.9:5).

Mas Saul foi levado a procurar um homem de Deus para que indicasse qual o caminho que deveria seguir para achar as jumentas.

I Sam.9:6 – “Eis que há um homem de Deus nesta cidade, e homem honrado é, tudo o que diz, infalivelmente acontece.”

As perdas nos aproximam de Deus e nos levam a buscar uma solução. Saul ainda argumentou que não tinha quase nada para pagar ao homem de Deus, esquecendo-se que as bênçãos e a unção de Deus são gratuitas, não tem preço.

Os planos do Senhor nunca são adiados e o profeta Samuel foi avisado que Saul, da tribo de Benjamim, receberia a unção para reinar.

I Sam.9:16 – “Amanhã a estas horas enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará meu povo das mãos dos filisteus.”

A unção de Deus transfere autoridade para você reinar em qualquer circunstância, mesmo diante de batalhas.

I Sam.9:20 – “E quanto as jumentas que há três dias se perderam, não ocupe teu coração com elas, porque já se acharam.”

Deus não quer encontrar as jumentas somente, mas quer se encontrar com você para te ungir com uma unção que quebra todo o jugo, dando-lhe não só autoridade, mas saúde e poder.

I Jo:2:27 – “E a unção que vós recebeste Dele fica em vós.”

CONHECENDO AS PROFUNDIDADES DE DEUS

 Dn.2:20,22 – “Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força; ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis, ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas e com Ele mora a luz.”

Muitas são as circunstâncias que nos aproximam de Deus: quando sofremos uma grande perda, quando experimentamos um fracasso ou quando somos assolados por uma enfermidade; o coração quebrantado fica mais maleável nas mãos de Deus.

Is.57:15 – “Porque assim diz o alto e o sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e sublime lugar habito, e também com o contrito de coração e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.”

Se quisermos conhecer as profundidades de Deus precisamos imergir em sua palavra. Na pesca maravilhosa Jesus falou para os discípulos irem para um lugar mais profundo do mar.

Lc.5:4 – “E quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.”

A resposta de Simão Pedro foi: sobre a tua palavra lançarei a rede. Apesar da frustração de uma noite improdutiva, Pedro obedeceu a ordem de Jesus e o resultado foi de uma pesca abundante que os barcos quase afundaram.

Diante disto Simão Pedro reconheceu sua miséria, através da misericórdia divina.

Lc.5:8 – “Vendo isto Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus dizendo: Senhor ausenta-te de mim, que sou um homem pecador.”

O projeto do Senhor era ir mais fundo com Pedro e lhe respondeu:

- Não temas que de agora em diante serás pescador de homens.

As profundidades de Deus só são conhecidas quando nos damos a conhecer. E se quisermos conhecer e ir mais fundo; precisamos ser fiel no raso.

Lc.19:17 – “E ele lhe disse: “Bem está servo bom, foste fiel no pouco sobre muito te colocarei.”

O pouco com Deus é muito; e o muito sem Deus, é nada.

SEGUNDA CHANCE

   Segundo a palavra de Deus todos nós pecamos e estamos destituídos da glória de Deus.(Rm.3:23)

Através de Jesus temos oportunidade de nos reconciliar com o Pai.

Às vezes não atentamos para esta segunda chance de voltarmos para o objetivo primeiro de nosso Criador !

Deus nos criou à sua imagem e semelhança, mas devido ao pecado saímos do propósito e da presença de Deus.

Jesus, ao se fazer pecado por nós, morrendo numa cruz, deu-nos a oportunidade de reconsiderarmos o passado e a parede de separação criada pelo pecado pode ser removida.

Ef.2:4 – Pois Ele é a nossa paz. O qual de ambos os povos, fez um, destruindo a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo-a na sua carne.

Parede significa limites, barreiras.

As paredes de nosso quarto são o limite de nossa intimidade com Deus e também com os homens.

Mt.6:6 – Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora ao teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que te vê secretamente, te recompensará.

Sl.25:14 – A intimidade do Senhor é para os que o temem; Ele lhes fará saber a sua aliança.

Muitas vezes criamos paredes em nós mesmos, não nos separando somente para ficarmos com Deus, mas nos separamos de nosso próximo, não permitindo que ninguém possa dividir nossos problemas ou nossas alegrias. Esta é a parede que Paulo nos fala em Efésios e que Jesus veio destruir.

Temos necessidade de nos comunicar com os outros! Com Deus verticalmente, com os homens horizontalmente, de igual para igual.Para isso fomos criados, não somos uma ilha.

A matemática de Deus é diferente, precisamos nos dividir para multiplicar, nos diminuir para somar.

O egoísmo nos torna independentes, provoca inimizades, tornando-nos hostis, pouco receptivos, intransigentes. Essas barreiras não só nos separam do próximo, como nos separam do mundo.

Amar o próximo como a ti mesmo é uma ordem, que obedecida nos transforma em pessoas maleáveis, agradáveis. As mudanças, quando ocorrem baseadas no amor, são reais e produzem frutos que se reproduzem em abundância.

Somente quando lançamos estas sementes de amor podemos avaliar o grande amor de Deus para conosco.

Jo.3:16 – E Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

HOJE

 Hb.4:7b – “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.”

O presente sempre é o dia de hoje e precisamos vivê-lo com intensidade, pois não há como retroceder o tempo. É quase certo que nenhuma situação de nossa vida se apresenta duas vezes, por isso, as oportunidades que nos são apresentadas no dia de hoje, possivelmente nunca serão repetidas. Atitudes impensadas nos levam a perder os propósitos de Deus e a procrastinação,  nos afastam do que precisa ser feito.

“Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.”

Vemos, através deste dito popular, que é nosso dever fazer hoje, para que o amanhã seja resultados dos frutos obtidos hoje.

II Cor.6:2b- “Eis agora o tempo aceitável, eis aqui e agora o tempo da salvação.”

Este tempo é hoje!

Jesus se denomina: Eu Sou, Ele não era, Ele é, e continua sendo.

Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente (Hb:13:8), mas o Eu sou, garante-nos a salvação.

AVRIO no grego significa amanhã, e o amanhã sempre é incerto...

Já, dizem que é a linguagem do apressado, mas esta é uma das formas do nome do Senhor: JAH, YAH, no hebraico indicam que a ação de Deus é JÁ.

Sl.68:4 – “Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome, louvai aquele que vai sobre os céus, pois seu nome é JÁ; exultai diante dele.”

Jah é a forma reduzida do nome de JHWH, Jeová ou Javé, é considerado um dos nomes mais importantes de Deus. O povo hebreu temia pronunciá-lo, foi o nome que o Senhor Deus falou quando foi inquerido por Moisés, na sarça ardente.

Ex.3:14 – “E disse Deus a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU O QUE SOU (JHWH).E disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou.”

Nossos dias são passageiros e a promessa  para o dia seguinte é incerta, não podemos perder a chance de termos uma vida renovada e este dia é hoje.

Is.12:4 – “Eis que Deus é a minha salvação, eu confiarei nele e não temerei porque o Senhor Jeová (JÁ) é a minha força, o meu cântico e se tornou a minha salvação.”

IRA

Está comprovado cientificamente que a ira  contida a mágoa e o ressentimento atingem nosso físico produzindo uma espécie de envenenamento em nossas células, atingindo de forma assustadora nosso cérebro, circulação sanguínea e coluna. Na bíblia está escrito : ” Irai-vos, mas não pequeis, não deixais que o sol se ponha sobre a tua ira.” (Ef.4:26)

Colocando isto numa linguagem mais simples: podemos ter até reações de ira, mas passado o momento, devemos ponderar e mesmo que nossos motivos sejam maiores e verdadeiros temos que liberar a pessoa que nos provocou tal reação. Existem vários estágios da ira:

1)        Irritação – provocada por um congestionamento de trânsito, crianças gritando, barulhos constantes e ensurdecedores, crises financeiras, impaciência.

2)        Indignação – sentimento de injustiça, expressadas as vezes por atos de violência.

3)        Cólera – desejo de vingança, de revide, de defesa.

4)        Fúria – perda temporária de sanidade, de ataque brutal, geralmente geradas através de conflitos domésticos mal resolvidos.

5)        Raiva – este é o nível mais intenso da ira. A pessoa enraivecida pode cometer um crime sem ter a verdadeira noção do que está acontecendo. É a perda total do equilíbrio emocional.

Se você se sentir propenso à ira violenta e à brutalidade, seria prudente recuar e se perguntar: Do que você tem medo ? Da derrota, da humilhação, da fraqueza, de ser exposto, de sua incapacidade de lidar com os problemas ?

A tirania, o despotismo na maioria das vezes é uma forma de ocultar o verdadeiro sentimento de fraqueza e de medo.

Ressentimento é a transformação de nossas feridas em ódio. É nossa decisão transformar uma ofensa em um amargo rancor. É um fogo destruidor de nossas almas.

Todo cristão, em algum momento de sua vida, tem reações de ira quando é injustiçado, quando é vítima de violência ou qualquer outra manifestação da maldade. Sabemos que o mundo jaz no maligno e não passamos  a vida incólumes  à violência. Como devemos proceder diante de tais circunstâncias?

- Não se defenda! Deixe que nosso árbitro, Jesus, decida sua causa.  Ele é a nossa justiça.

Anistia em grego é amnésia, esquecimento total. Mas como anistiar nosso próximo se ainda as feridas estão abertas?

- Usando nossos recursos de cidadãos dos céus, pedindo a interferência de Jesus.

Pedro, o discípulo mais inquiridor certa vez perguntou a Jesus: Quantas vezes devemos perdoar? Sete vezes? (Mt.18:22)

O mestre lhe respondeu: Não sete, mas setenta vezes sete, por dia, querendo dizer infinitamente. Não importa nossas razões, o que importa é a obediência,  porque perdoar não é  um ato espontâneo, mas  um mandamento.

EXALANDO O BOM PERFUME

II Co.2:14,15 – “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar o cheiro do seu conhecimento, porque para Deus, somos o bom perfume de Cristo.”

O uso de perfumes era muito comum no meio do povo oriental.

Os perfumes líquidos (óleos aromáticos) ou sólidos, como o incenso, eram amplamente conhecidos e usados nos tempos bíblicos. Fazer perfumes era uma arte muito elaborada. Uma das instruções dada a Moisés, na construção do tabernáculo foi a composição destes perfumes; e Deus habilitou perfumistas para fazerem o óleo da unção e o incenso.

Ex.30:22 – “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Tu pois toma para ti das principais especiarias, da mais pura mirra, quinhentos siclos, e de canela aromática a metade, a saber duzentos e cinqüenta siclos e de cálamo aromático duzentos e cinqüenta siclos, e de cássia, quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. E disto farás o azeite da santa unção.”

Ex,30:35 – “Disse mais o Senhor a Moisés: Toma substâncias aromáticas estoraque, e onicha, e gálbano, estas especiarias aromáticas e o incenso puro de igual peso, e disto farás incenso, um perfume segundo a arte dos perfumistas, temperado, puro e santo.”

Em Neemias, quando este foi designado para reconstrução do templo que havia sido destruído, Deus também não se esqueceu deste detalhe:

Nee.3:8 – “Ao seu lado reparou Uziel, filho de Haraias, um dos ourives e ao seu lado  Hananias filho de um dos boticários, e fortificaram a Jerusalém, até o muro largo.”

Os boticários eram os perfumistas aptos a misturarem as essências aromáticas para exalar o bom perfume!

Vemos que o Senhor é Deus de detalhes e nada lhe passa despercebido.

Até hoje é comum nos banquetes oferecidos pelos orientais, principalmente entre os árabes, o hábito de passarem uma bandeja cheia de maçãs para que os convidados desfrutem  deste bom aroma.

Pv.27:9 – “Como o óleo e o perfume alegra o coração, assim o amigo encontra doçura no conselho cordial.”

Antes de sua morte, Jesus foi ungido com perfume:

Jo.12:13 – “ Então Maria, tomando de uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos e encheu=se toda a casa com  cheiro do perfume de bálsamo.”

Maria, irmã de Lázaro, inspirada pelo Espírito Santo já preparava a unção para que o Senhor Jesus não tivesse o cheiro da morte a que seria submetido.

Jo.12:7 – “Jesus entretanto disse: Deixai-a para que ela guarde isto para o dia que me embalsamarem.”

O perfume que exalamos é a vida de Cristo em nós, através do nosso conhecimento interior da Palavra de Deus. Nossas orações alcançam o trono de Deus como perfume de suave aroma.

Ef.5:2 – “Andai em amor, com o Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta de sacrifício em aroma suave.”

Ct.1:3 – “Para cheirar são bons os teus unguentos, como ungüento  derramado é o teu nome, por isto as virgens te amam.”

O nome de Cristo é o perfume derramado em sua noiva, a Igreja.