Nós, cristãos, temos por obrigação, ao escolhermos nossos
candidatos para as próximas eleições, verificarmos quão próximo estes
candidatos estão de cumprirem seus mandatos de acordo com os princípios de
Deus, segundo sua palavra.
São princípios éticos que indicarão o
procedimento correto para que o propósito de Deus seja estabelecido nesta
cidade, em nosso estado e em nosso país.
Sabemos que estamos numa época de grande
turbulência política, de violência, de deseducação e de vastos problemas
sociais. Por isso, temos que tratar as eleições com seriedade e já que temos o
direito de votar, temos o direito de colocar nos postos de autoridade homens e
mulheres que tenham suas vidas embasadas nos princípios bíblicos.
Abaixo, relacionamos alguns de nossos
direitos, com respaldo da Palavra de Deus:
- Dignidade
da vida humana
O direito à vida
é garantido:
Ex.20:13 – Não
matarás.
O sexto
mandamento proíbe o homicídio deliberado, intencional. No Novo Testamento não
se condena apenas o homicídio, mas também o ódio, que leva a desejar a morte de
alguém.
- Dignidade
da mulher
Ex.21:10 – Mas, se ao desposar com seu filho, fará
com ela conforme o direito das filhas.
Apesar do papel
submisso da mulher na sociedade, a lei conferia direitos a ela de ser tratada
como filha pela nova família, ao casar-se.
- Dignidade
pessoal
Lev.19:13,16 – Não oprimirás o teu próximo, nem o
roubarás, a paga do jornaleiro não ficará contigo até à manhã. 14 – Não
amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego: mas terás temor do teu
Deus. Eu sou o Senhor. 15 – Não fareis injustiça no juízo, não favorecerás o
pobre, nem comprazerás do grande, com justiça julgarás o teu próximo 16 – Não
andarás como mexeriqueiro entre teu povo; não te porás contra o sangue do teu
próximo. Eu sou o Senhor.
A ninguém era
facultado o direito de maltratar, explorar ou oprimir o seu próximo, pois a
fraternidade era o ideal da lei divina.
4.Castigo
proporcional à falta cometida.
Dt. 25:1 –
Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo para que os juízes os
julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão.
O castigo
imputado ao réu não podia ser excessivo, para que não fosse humilhado.
5.Propriedade
e herança
A lei garantia o direito a propriedade.
Sl.115:16 – Os céus são os céus do Senhor, mas a
terra, deu-a ele aos filhos dos homens.
O direito à
propriedade era salvaguardado ao proprietário, mesmo quando este a
vendia, depois de 50 anos (no ano do jubileu), tinha o direito de resgatá-la
para garantir aos descendentes a
devolução e evitar o acúmulo de bens aos ricos, às custas do necessitado.
6. Trabalho
Lev.19:13 – Não oprimirás o teu próximo, nem o
roubarás: a paga do jornaleiro não ficará até à manhã.
Todos tinham
direito de receber a justa remuneração pelo trabalho executado e seu serviço
tinha que ser pago diariamente, para que pudessem garantir seu sustento.
7. Proteção
aos desamparados
Lev.19:10 – Semelhantemente não rabiscarás a tua
vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-lo-ás ao pobre e ao
estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Lev.23:22 – E,
quando segardes a sega da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do seu
campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e o estrangeiro
as deixarás. Eu sou o Senhor vosso Deus.
Havia provisão
necessária para se assistir o órfão, a viúva, o estrangeiro e o que havia caído
na miséria. Podemos analisar este cuidado de Deus se lermos a história de Rute.
8.
Descanso
Ex.23:12 – Seis dias farás negócios, mas ao sétimo
dia, descansarás: para que descanse o teu boi e o teu jumento; e para que tome
alento o filho de tua escrava e o estrangeiro.
Todos deviam observar este dia de repouso semanal,
para que pudessem ser restauradas as forças tanto dos animais como dos homens.
Nos dias de hoje, a maioria das pessoas acumulam atividades e não tiram um dia
da semana para se recuperarem e nem percebem que isto as leva ao stress.
9. Ecologia
Lev. 25:1 – Quando tiverdes entrado na terra, que eu
vos dou, então a terra guardará um sábado ao Senhor.
O sábado de descanso era o tempo em que a terra
deveria permanecer em repouso a cada três colheitas, para que estas não se
tornassem improdutivas. Era uma maneira para que os recursos naturais fossem
protegidos.
10. A família, o matrimônio e o temor ao Senhor.
Dt. 6: 1,2 – Estes, pois, são os mandamentos, os
estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus. Para vos ensinar, para
que os fizésseis na terra que passais a possuir; para que temas ao Senhor, teu
Deus, e guardes todos os estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu e teu
filho, e o filho de teu filho, todos os dias da vida; e que teus dias sejam
prolongados.
Os mandamentos, de uma forma geral protegiam os
vínculos familiares, o respeito ao próximo e à natureza.
Se discorrermos entre Levítico, Êxodo e Deuteronômio
confirmaremos todos os tópicos usados neste texto.
Estes princípios não só serviram de meta para
o Antigo Testamento, mas continuam sendo atuais na Dispensação da Graça. São
princípios bíblicos que não devem cair no desuso, nem no esquecimento.
O temor do Senhor, é podermos reconhecer a
santidade de nosso Deus, sua justiça e retidão, compreendermos sua natureza,
sua bondade, graça e misericórdia e através deste contato com o Deus de toda a
criação respeitarmos tudo aquilo que temos em nosso redor, e a melhor forma de
respeitarmos tudo que aqui foi exposto devemos, através do direito de escolha a
nós outorgados, colocarmos pessoas dignas
para executar os cargos públicos disponíveis e que estas pessoas
correspondam ao que esperamos para termos uma sociedade mais digna.
Por tudo isto devemos votar com consciência
de que nosso voto seja uma real atitude de cidadania e respeito.