Ez.44:23- “A meu povo
ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o
imundo e o limpo.”
O discernimento é uma
qualidade que os filhos de Deus não podem abandonar. É através dele que
poderemos evitar misturas que não agradam ao Senhor.
Toda
a vez que o povo de Deus se misturou com o povo que seguia outros deuses, houve
queda e desarmonia, pois não podemos servir a dois senhores!
Mt.6:24
– “Não podeis servir a Deus e a Mamon.”
O
relato bíblico que exemplifica tal fato é a história de Balaão:
Balaão,
era um profeta muito usado por Deus e por este motivo foi procurado pelo rei
dos moabitas, Balaque, que vendo a prosperidade do povo de Deus, temendo que
conquistasse suas terras foi pedir a este profeta que amaldiçoasse este povo.
Nm.22:6
–“Vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais numerosos é do que eu;
talvez poderei ferir e lançar fora da terra; por que eu sei que, a quem tu
abençoares será abençoado, e a quem amaldiçoares, será amaldiçoado.”
O
inimigo sempre conhece estratégias para atingir o povo de Deus!
Mas,
Balaão, sendo um homem temente a Deus, lhe respondeu que somente com o
consentimento do Senhor poderia atendê-lo. A proposta deste rei era muito
convidativa, pois envolvia fama e dinheiro.
Nm.22:17
– “Porque grandemente te honrarei e farei tudo o que me disseres; vem pois,
rogo-te, amaldiçoa-me este povo .”
Durante
a noite o Senhor veio falar com Balaão:
Nm.22:12
– “Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, que é bendito.”
Israel
foi o povo escolhido por Deus e jamais será por ele abandonado!
Devido
a insistência do rei e de sua ganância, Balaão tornou a consultar ao Senhor
para que ele o deixasse seguir com os homens de Balaque, ao que Deus lhe
respondeu:
Nm.22:20
– “Se aquele homens vierem te chamar, levanta-te e vai com eles, mas farás
somente o que eu te disser.”
Deus
estava dando uma oportunidade para que Balaão pudesse perceber seu erro, mas
pela grande vontade de se promover, não viu que estava sendo testado e nem percebeu
quando a jumenta que havia sido preparada para viagem empacou e lhe falou,
expondo sua desobediência.
Por
conviver no meio de um povo idólatra, este profeta se contaminou e misturou a
unção verdadeira com a falsa, pois apesar de nesta ocasião ter acatado a ordem
de Deus de não amaldiçoar o povo, procurou encontrar meios de desestruturá-los,
o que conhecemos como “doutrina de Balaão.”
II
Pe.2:14,15 – “Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar,
engodando almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos da
maldição; os quais deixando o caminho direito, erraram, seguindo a Balaão,
filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça.”
A
forma encontrada por Balaão para derrotar o povo de Israel, foi misturá-lo
casando seus jovens com mulheres moabitas e amonitas.
Nee.13:1
– “Naquele dia leu-se no livro de Moisés, aos ouvidos do povo: e achou-se
escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação
de Deus.”
Nm.31:16
– “Foram elas que, por conselho de Balaão se tornaram para Israel a causa da
infidelidade contra o Senhor, no caso de Peor, por isso houve aquela praga
sobre toda a congregação do Senhor.”
As
principais características da doutrina de Balaão são: a idolatria, a ganância,
a feitiçaria, a indução à fornicação, confusão espiritual e mistura de unções.
Ef.4:14
– “Levados por todo o vento de doutrina.”
Existem
muitos falsos profetas sendo levantados nos dias de hoje, mas se fizermos como
o povo de Beréia, conferindo aquilo que lhes era transmitido através da Palavra
de Deus, nunca seremos enganados.
At.17:11b-
“Examinando cada dia nas escrituras se as coisas assim eram.”
Em
Judas 11 temos a advertência: se precipitaram no erro de Balaão... Não podemos
correr este risco!
Mt.7:15
– Muitos naquele dia hão de dizer: Senhor, Senhor! Porventura não profetizamos
no teu nome; e em teu nome expelimos demônios, e em teu nome não fizemos
milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de
mim, vós que praticais a iniquidade.”
Que
possamos ser conhecidos e reconhecidos por Deus...
O
que nos diferencia entre o falso e o verdadeiro, o que nos distingue entre o
santo e o profano, é fazermos a vontade do Pai.