Se visitarmos os porões de nossa mente, veremos que muitas coisas que estão lá acumuladas e juntando pó, poderiam ser jogadas fora há muito tempo. No nosso íntimo somos acumuladores; e coisas reaproveitáveis, nos desfazemos; e as imprestáveis recolhemos em nosso interior, para que, de alguma maneira continuarmos sofrendo com aquilo que já não deve mais interferir em nossas vidas.
Realmente
somos seres estranhos...
Porque
guardamos o baú das mágoas?
Os
dias passam e nunca sabemos o que será do amanhã. Patinamos na lama dos
ressentimentos por que esquecemos que existe o arrependimento e o perdão.
Deixamos coisas importantes de lado e nos lançamos no abismo da solidão e da
tristeza. Não precisamos viver desta maneira. A única forma de podermos
enfrentar e dominar é a decisão de entregarmos estes fardos pesados a nosso
Deus “deixando de lado as coisas que atrás ficam e avançando para as que estão
diante de mim” (Ef.3:13).
A
parábola do filho pródigo exemplifica bem o que é voltar para a casa do Pai. O
Pai sempre está disposto a receber seu filho de volta, mas muitas vezes a nossa
autopiedade, o orgulho e a vaidade impedem de tomarmos esta decisão.
Perdemos
tempo demais alimentando nosso ego e regando plantas malignas que não trazem
nenhum refrigério para nossa alma. Para vivermos bem, precisamos nos levantar
contra todos estes dominadores que insistem em nos afirmar que não merecemos o
que nos é dado gratuitamente: a Graça de Deus para bem viver.
Temos
aqui uma relação dos dominadores interiores que nos afastam da graça de Deus:
1
– Vontade Própria – nossa vontade é um fator principal para nos afastarmos do
Senhor.
Jo.5:30
– “Eu não posso por mim mesmo fazer alguma coisa, como ouço, assim julgo,
porque não busco a minha vontade mas a vontade do Pai que me enviou.”
2
– Orgulho – O orgulho é o alimento de nosso ego.
Fil.2:4
– “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade, cada um
considere os outros superiores a si mesmo.”
II
Co.12:6 – “Por que se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a
verdade, mas deixo isto de lado, para que ninguém cuide de mim mais do que em
mim vê ou ouve.”
Pv.27:2
– “Louve-te o estranho, e não a tua boca, o estrangeiro e não teus lábios.”
3
– Interesse Pessoal – Agir de acordo com aquilo que possa gerar benefícios
próprios.
Fil.
2:21 – “ Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo.
II
Co.13:4,5 – “O amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, não se
ensoberbece, não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se
irrita, não suspeita do mal.”
4
– Autocomplacência – Este gigante nos leva a passividade: em não se esforçar
para melhorar suas atitudes: estou bem assim e isto basta.
II
Co.8:2 – “Mas, se alguém cuida sabe alguma coisa, ainda não sabe como convém
saber.
Gal.6:3
– “Porque se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si
mesmo.”
5
– Presunção – A ostentação e a vangloria impedem a ação de Deus.
Jer.9:23
– “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio em sua sabedoria, nem se glorie o
rico em suas riquezas.”
6
– Autossuficiência – Confiar na carne e na força humana, independência total de
Deus: eu posso, eu faço, esquecendo-se do EU SOU.
Jo.5:30
- “Eu não posso por mim mesmo fazer alguma coisa; como ouço julgo, e o meu
juízo é justo, porque não busco fazer a minha vontade, mas a vontade de meu Pai,
que me enviou.”
7
– Egolatria – O nosso ego prevalece e apronta ciladas para nos afastar de Deus
e de todos os seus mandamentos, nos levando a conflitos para agirmos em negação
ao que nos leva a progredir no conhecimento de Deus.
Lc.6:32
– “E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores
amam aos que os amam.”
Mt.16:22
– E, Pedro tomando-o à parte começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor tem
compaixão de ti, de maneira nenhuma te acontecerá isso.”
Mt.16:23
– “Disse-lhe Pedro: Ainda que seja necessário morrer contigo, não te negarei. E
todos os discípulos fizeram o mesmo.”
Sua
maneira pessoal de enfrentar o que Jesus estava revelando que aconteceria
distanciaram da verdade efetiva, levando-o a negação. E sabemos qual foi o
resultado, a maioria dos discípulos se afastaram do seu Mestre e Pedro O negou
três vezes.
Estes
são alguns dos dominadores que habitam em nosso interior e que precisam ser
reconhecidos, para que possamos combatê-los e nos livrarmos desta carga pesada.