domingo, 22 de fevereiro de 2009

PASSANDO DE ESCRAVO A VOLUNTÁRIO

PASSANDO DE ESCRAVO A VOLUNTÁRIO



Ex.21:5 – “Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo ao meu senhor, a minha mulher e meus filhos e não quero sair livre.”
A lei mosaica determinava que após um período de seis anos o servo seria libertado, mas muitas vezes estes se recusavam sair da presença do seu senhor, pois durante o tempo em que serviram haviam constituído família e não querendo apartar-se deles preferiam continuar servindo ao seu senhor, voluntariamente.
Ex.21:6 – “Então o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela, e ele o servirá para sempre.”
O sétimo ano era considerado o ano da remissão, onde os estrangeiros, os endividados e os escravos eram livres, perdoados das dividas e abençoados. A ordem era:
Deut.15:18 – “Não sejas duro aos teus olhos, quando despedi-los libertos de ti; pois seis anos te serviu em equivalência ao dobro do salário do diarista, assim o Senhor teu Deus te abençoará em tudo o que fizeres.”
Mas havia sempre aqueles que criavam vínculos profundos com seus patrões e resolviam de moto próprio servi-los voluntariamente.
Deut.15:16 – “Porém se ele te disser: Não sairei de ti, porquanto te amo a ti, e a tua casa, por estar bem contigo.”
Ouso lhe perguntar: Qual é a sua situação no dia de hoje: Continua sendo servo querendo sair da presença do seu Senhor pois já se passaram seis anos, ou prefere continuar servi-lo voluntariamente?
Para continuarmos sendo servos voluntários recebemos uma marca: orelha furada marca que distingue dos demais porque a escolha foi espontânea, pois servo comum não fica para sempre na casa do Pai.
Jesus nos foi apresentado como servo:
Zac.3:8 – Ouve pois, Josué, sumo-sacerdote, tu e teus companheiros que se apresentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que farei vir o meu servo, o Renovo.
Jesus, o Renovo da Nova Aliança, veio ao mundo como servo.
Mt.12:18 – “Eis aqui o meu servo, a quem escolhi, o meu amado, em quem minha alma se compraz, porei nele o meu espírito e anunciará aos gentios o juízo.”
Jesus o fez voluntariamente, saindo da casa do Pai e habitando entre nós para fazermos parte de sua família. Deixou-nos um exemplo a seguir:
Mt.23:11 – “Porém o maior entre vós será servo.”
Fil.2:7 – “Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.”
É através da nossa vontade de vivermos uma nova vida que poderemos receber as marcas de nosso serviço voluntário: orelha furada.
Jô.15:15 – Já não vos chamo de servos, porque servo não sabe o que faz o seu senhor, mas de amigos, porque tudo o quanto ouvi de meu Pai, vos tenho feito conhecer.”
A escolha é individual e temos livre-arbítrio, o trabalho é espontâneo, voluntário.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

IMPORTUNAÇÃO

Muitas vezes achamos que Deus não está ouvindo nossas orações. Pensamos que o Senhor se ausentou e que não se importa de nos atender.Posso lhe afirmar que esta é uma estratégia do inimigo para desestruturar nossa fé e impedir que recebamos aquilo que Deus já nos tem reservado.
Lc.18:9 – “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite, ainda que tardio para com eles?”
O tempo de espera é predeterminado por Deus, para nos firmar em suas promessas. Sua demora em nos responder pode reverter em salvação para outras pessoas, porque pode gerar em arrependimento do mal que foi praticado contra nós.
Na parábola do juiz iníquo vemos claramente isto!
Lc.18.2,3 – “Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. Havia também naquela cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo:Faze-me justiça contra meu adversário.”
O juiz ponderou: Mesmo que não temo a Deus, vou fazer justiça a esta mulher, para que não me importune mais (Lc.4,5).
A insistência da viúva produziu efeito no coração do juiz, mesmo fazendo justiça a contragosto, reverteu em bem para ambos.
A importunação não deve ser motivo para deixarmos de buscar ao Senhor e, em muitas ocasiões, precisamos lançar mão deste recurso.
Lc.11.9,10 –“Eu vos digo a vós: Pedi e dar-se-vos-á, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque qualquer que pede, recebe, quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhes-á.”
Deus nunca desiste de nós. A nossa desistência é causada pela nossa falta de fé e respeito humano, pensando que estamos aborrecendo a Deus pela nossa insistência! É isto que levanta um muro que nos separa de Deus.
Sl.37:4 –“Agrada-te do Senhor e ele satisfará o desejo do teu coração.”
Qual o pai que não quer agradar seu filho? Todo o pai que recebeu esta vocação divina deseja satisfazer seus filhos, embora muitas vezes não possa atender de imediato.
Lc.11:11,13 – “E qual o pai dentre vós que se seu filho lhe pedir pão lhe dará uma pedra? Ou também se lhe pedir um peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o vosso Pai celestial o Espírito Santo aqueles que o pedirem.”
Podemos ter certeza que aquilo que pedirmos ao nosso Pai celestial, será atendido se estiver de acordo com a sua vontade.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

CONSCIÊNCIA

Consciência – suneidesis no grego, é a nossa voz interior aprovando ou nos acusando do bem ou do mal que praticamos.
At.23:1 – “E, pondo Paulo os olhos no conselho, disse: Varões irmãos, até o dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda boa consciência.”
Podemos ter uma boa ou uma má consciência; enquanto tivermos a faculdade de discernirmos entre o bem e o mal, estaremos vivos para Deus.
Rom.6:11 – “Assim também vos considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus nosso Senhor.”
Nossa consciência aponta aonde erramos, mas não nos impede de fazer o mal. O querer e o efetuar está em nós, pois temos livre-arbítrio. A inclinação do homem, depois da queda, foi sempre para o mal, sendo responsável por isto.
A partir do momento em que nos acharmos inculpáveis de nossos erros estaremos com nossas mentes cauterizadas.
I Tim.4:2 – “Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada sua própria consciência.”
Vemos com freqüência depoimento de ladrões, homicidas, estupradores, seqüestradores, relatando os fatos de que foram participantes, como se nada daquilo tivesse a menor importância, porque se sentem inculpáveis pelo mal que fizeram. É como se aquela situação fosse irrelevante, mesmo em relação às suas vidas, pois viver ou morrer, tanto faz...
Pv.13:19 – “Apartar-se do mal é abominação para os loucos”
A consciência é nosso relógio interior para nos despertar para boas obras. Precisamos estar alerta para ouvir o que Deus tem para nos revelar, precisamos estar sensíveis ao que o Espírito Santo quer nos segredar.
Na Bíblia vemos exemplos de homens cuja consciência de seu pecado ficou exposta:
Adão, ao descobrir sua nudez, escondeu-se quando Deus o procurou. (Gn.3:9).
Caim, ao matar Abel, temeu quando foi inquerido por Deus (Gn.4:10), recebeu o castigo que seria errante pela terra, mas não mudou de atitude.
Os irmãos de José, em seu projeto de tirar-lhe a vida (Gn.37:18), temeram quando precisaram de sua ajuda no Egito.
Davi, ao pecar com Bate-Seba, teve seus olhos abertos para seu pecado e temeu ao ser confrontado pelo profeta Natã (II Sam.12:9).
Jefté, ao fazer um voto que levou sua filha única ao sacrifício (Jz.11:30,40).
O que estas pessoas dariam para modificar tais situações...
Em alguns casos, vemos que estes homens, ao serem confrontados com a Verdade, tiveram suas consciências despertadas e se redimiram... Outros, porém, tiveram remorso, mas permaneceram na sua atitude errada, como no caso de Judas, que preferiu se enforcar.
Hb.9:14 – “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas.”