sexta-feira, 31 de julho de 2009

RESGATE

A palavra ga’al (resgatador) ou padah (pagador), no hebraico, significa salvação de um refém mediante pagamento. No sentido geral, vemos equipes de resgate que buscam perdidos ou acidentados. Podemos também resgatar títulos de dívidas e ficarmos quites com nossos credores.
No Antigo Testamento, a palavra resgate refere-se a um ato legal praticado por um parente, 'o resgatador'.
Rute, nora de Noemi, conseguiu resgatar as terras de sua sogra ao casar-se com Boaz, o resgatador.
Rt.3.9 – “E disse ele: Quem és tu? E ela disse: sou Rute, tua serva; estende tua aba sobre mim, porque tu és o remidor.”
O conceito de resgate no Antigo Testamento, além de aplicado a propriedades, referia-se também a animais ou pessoas que, de alguma forma, encontravam-se aprisionados. Através de um pagamento, tornavam-se livres de seus opressores.
Dt.15:15 –“E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito, e de que o Senhor teu Deus te resgatou.”
A sunamita, cujo filho foi ressuscitado pela oração de Eliseu, recebeu suas terras de volta através da exposição deste milagre, levado ao conhecimento do rei de Israel por Geazi, ajudante do homem de Deus.
II Re.8:6 – “E o rei perguntou à mulher e ela lho contou: então o rei lhe deu um eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas da terra desde o dia que deixou a terra até o dia de hoje.”
Estas histórias são pequenas ilustrações do que Jesus, nosso resgatador, fez por nós. O Novo Testamento enfatiza o preço pago pela nossa libertação: o precioso sangue de Jesus.
I Pe 1:18,19 – “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis como a prata e o ouro que fostes resgatados de vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.”
O resultado deste resgate, além da remissão de nossos pecados, é a motivação de uma vida de santidade e a liberdade de servirmos ao Senhor dos Senhores: Jesus.
Jo.8:36 – ”Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
Jesus, através da sua crucificação e morte, nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós. Ele veio para rasgar nossos títulos de dívida e comprar nossos direitos de salvação.
Gl.3:13 – “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.”
Col.2:14 – “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.”
Podemos afirmar, usando as mesmas palavras de Jó: 'O meu Redentor vive!' (Jó:19:25).

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A HISTÓRIA DE ESTER

Assuero reinava desde a Índia até a Etiópia e resolveu dar um banquete aos príncipes e servos e dignitários de todas as províncias para exibir as glórias de seu reino. Esta festa estendeu-se por 180 dias. Ao final deste tempo, quis também mostrar ao povo a rainha Vasti, sua mulher, para que fosse admirada sua beleza. A rainha, contudo, recusou comparecer a esta festa e foi destituída de seu posto, ficando aberta a vaga para a próxima candidata ao cargo. Foram convocadas todas as belas virgens do reino; entre elas, a judia Ester.
O preparo para apresentar-se diante do rei foi de doze meses:
Est.2:12 – "E, chegando já a vez de cada moça para vir a Assuero, depois de que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de suas purificações, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias, e com as cousas para a purificação das mulheres)."
O preparo para ser apresentada ao rei pode ser comparado com a apresentação da Igreja (noiva) ao Rei Jesus.
Os seis meses com mirra simbolizam a purificação dos pecados. A mirra serve como esfoliante e emoliente da pele.
Os seis meses com óleos aromáticos simbolizam a unção do Espírito Santo. A noiva a Igreja deve recender ao bom perfume de Cristo.
Pv.27:9 – “O óleo e o perfume alegram o coração.”
II Co.2:15a. “Porque para Deus, somos o bom perfume de Cristo.”
Finalmente, Ester foi escolhida por Assuero:
Est.2:17 – “E o rei amou Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa sobre a sua cabeça, e a fez rainha no lugar de Vasti."
Depois de escolhida, Ester foi submetida a uma grande provação: teria que expor ao Rei o edito de seu principal assessor, Hamã, que pretendia exterminar o povo judeu de todo o reino persa.
Est.2:10 – “Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela; porque Mardoqueu lhe tinha declarado que não o fizesse.”
Mardoqueu, seu tutor, havia lhe instruído que não informasse sua origem, para evitar os preconceitos. Diante da ameaça de Hamã, porém, Mardoqueu foi procurar Ester para que defendesse seu povo.
Ester precisava se apresentar ao rei para que pudesse defender seu povo, mas, para isso, o rei tinha que aceitar recebê-la. Para se aproximar do trono e ser identificada, o cetro do rei era baixado sobre a cabeça do requerente em sinal de aprovação, e a coroa então era colocada sobre sua cabeça. Se o rei não executasse esses gestos rituais, o requerente seria condenado à morte por sua insolência.
Est.4:11 – “Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei sabem que a todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro para que viva, e eu nestes trinta dias não sou chamada para entrar ao rei.”
Este argumento de Ester não satisfez a Mardoqueu:
Est.4:14 – “Porque se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virão para os judeus, porém tu e a tua casa perecerão, e quem sabe se para tal tempo não chegaste a este reino?”
Ester percebeu que tinha uma missão, um propósito a cumprir, mesmo com risco à sua vida. 
No desfecho da história, Assuero atendeu ao pedido de Ester, Hamã foi castigado, Mardoqueu foi exaltado e o povo hebreu, liberto.
Hester, a forma hebraica do nome de Ester, significa o que está oculto, escondido. Neste livro, o nome de Deus não é mencionado uma só vez; também está oculto. Reconhecemos a presença do Senhor através da atitude desta rainha que se submeteu a um jejum total de três dias e colocou em risco a própria vida em favor de seu povo. A humildade diante da autoridade real, o período de purificação, a oração e o jejum preparatórios, o apreço pela verdade, o amor ao próximo em detrimento do amor-próprio são comportamentos de Ester que servem de exemplo a qualquer cristão.
Pela libertação obtida pela rainha Ester, os judeus celebram até o dia de hoje a Festa do Purim, uma das principais festividades judaicas.
Est.9:28 – “E que estes dias seriam lembrados e guardados por cada geração, família, província e cidade, e que estes dias de purim se celebrariam entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O TEMOR AO SENHOR

Pv.1:7 – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.”
Nos dias atuais vemos que os filhos não temem nem respeitam seus pais. Esquecem-se, motivados pela total liberdade e falta de limites, que necessitam de alguém a quem obedecer e dar satisfação do que fazem.
Não culpo tanto os filhos, mas aos pais, que não se importam de estabelecer limites apropriados de acordo com o crescimento e a maturidade de seus filhos.
Na bíblia relata-se a história de Eli, um sacerdote levantado por Deus antes da saída do Egito. O pacto de Deus com ele seria de um sacerdócio eterno, mas esta aliança foi desfeita, porque Eli não educava corretamente seus filhos.
I Sam.2:30 – Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha dito eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém agora, diz o Senhor: longe de mim tal cousa, porque aos que me honram, honrarei, porém aos que me desprezam, serão desprezados.”
A palavra de Deus nos aponta que a correção e a disciplina no momento pode ser desagradável, mas trazem frutos eternos.
Não devemos ser coniventes com o pecado, mesmo que parta de nossos filhos. A autoridade que nos foi dada como pais, é para que a exercitemos, disciplinando com amor.
O cumprimento das promessas de Deus depende de nossa fidelidade e nosso compromisso com Ele. Este sacerdócio foi rompido pela falta de compromisso com a palavra de Deus e pela sua complacência com o pecado. Como resultado destes atos, a tragédia se alastrou sobre estas vidas, pois seriam sacerdotes eternamente.
I Sam.3:13 – “Porque eu já lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os filhos execráveis, não os repreendeu.”
Os.4:6 – “O povo está perecendo pela falta de conhecimento de Deus.”
Esta realidade constatada pelo profeta Oséias é que quando não conhecemos ao Senhor, ficamos entregues à nossa própria sorte.
Temer não significa ter medo, mas respeito, obediência e amor. Quando amamos, respeitamos e obedecemos, estes princípios nos afastam do egoísmo, da tirania e da desobediência.
A preocupação maior dos pais é com o bem estar que possam estar proporcionando aos seus filhos através de seus ganhos, esquecendo-se que o tempo de atenção para eles é muito mais importante do que brinquedos ou roupas de marca.
O dinheiro é muito importante, mas não é tudo. Muitas vezes uma criança que tenha uma situação de vida com menos regalias, mas com mais atenção e amor são as que tem mais equilíbrio emocional e dão valor aquilo que tem e estão mais dispostas a dividir.
Os pais precisam se conscientizar que a qualidade de tempo despendido com seus filhos não é desperdício; precisam ser acordados antes que seus filhos cresçam com conceitos errados quanto às suas responsabilidades de amor ao próximo, respeito aos pais e temor ao Senhor.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MORADA DE DEUS

I Re.6:1 – “E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo) começou a edificar a casa do Senhor.”
Apesar de Davi ter desejado construir um templo como habitação do Senhor, isto lhe foi negado por ter sido um homem de guerra que havia cumprido a ordem de Deus para a expansão do reino.
Esta foi a resposta que Deus lhe deu:
II Sam.7:12,13 – “Quando os teus dias forem completos e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti a tua semente, que sair de tuas entranhas e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa em meu nome, e confirmarei o trono de seu reino para sempre.”
Temos esta promessa de Deus para nossos familiares!
Embora Deus não habite em templos construídos por mãos humanas, mas sim em nossos corações, foi dado a Salomão o direito da construção do templo.
At.7:47,49 – “E Salomão lhe edificou a casa, mas o Altíssimo não habita em templos feito por mãos do homem, como diz o profeta: O céu é meu trono e a terra o estrado dos meus pés.”
A obra de Deus em nós, que somos o templo do Espírito Santo, é feita de dentro para fora e em silêncio, da mesma forma que foi construído o templo feito por Salomão.
I Re.6:7 – E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam edificavam, de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam.”
A comparação é que nós também somos pedras lavradas, preparadas e aperfeiçoadas para morada de Deus, à medida que vamos conhecendo o autor e consumador de nossa fé: Jesus.
Ef.2:21,22 – “No qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo do Senhor, no qual também vós, juntamente sois edificados para morada de Deus, em Espírito.”
O principal fundamento para sermos templo do Espírito Santo é a fé, o alicerce firmado na fé, jamais será abalado.
I Co.3:16 – “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
O Senhor nunca deixa uma obra pela metade, a construção, a reconstrução ou a reforma sempre vai depender de nossa disponibilidade de seguirmos os princípios básicos de Deus, através da fé.
Jd.20 – “Mas vós amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa fé santíssima.”
Vale a pena também lembrar que a obra feita no silêncio é sinal de maturidade cristã.
Fil.1:6 – “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra, a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus.”
Temos grandes promessas de Deus através de sua Palavra e se atentarmos para todo o seu conteúdo, não se pode deixar de glorificar o santo nome de Deus.
Is.60:21 – “E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; e serão renovos plantados por mim, obra de minhas mãos, para que eu seja glorificado.”
Nascemos para ser morada de Deus, templos do Espírito Santo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O QUE HERDAMOS DE NOSSOS PAIS

Sl.127:3 – “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do seu ventre o seu galardão.”
Gerar filhos é uma ordem dada por Deus desde o princípio: crescei e multiplicai-vos.
Herdamos de nossos pais habilidades, semelhanças físicas, hábitos, fobias, doenças recorrentes e, principalmente, o DNA., nossa seqüência biológica.
O DNA permanece inalterado, mas muitas coisas podem ser transformadas: nosso comportamento, nossas manias adquiridas, nossos hábitos alimentares e nosso temperamento.
A função dos pais, como mordomos de um bem precioso dado por Deus, é instruir os filhos de acordo com todos os princípios e preceitos de Deus arrolados na Bíblia.
Sl.132:12 – “Se os teus filhos guardarem a minha aliança e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os teus filhos se assentarão perpetuamente no meu trono.”
Criança absorve tudo o que vê e ouve. Somos responsáveis pelo seu crescimento físico e espiritual. Devemos desassociar de nossas vidas tudo o que não produz resultados benéficos para seu crescimento. Não é porque alguém teve um pai violento e frio que precisará seguir o mesmo padrão.
A vida em família precisa ser valorizada, e à medida que formos instruindo as crianças a viverem no amor, estaremos transformando o seu temperamento e moldando seu caráter.
Pv.22:6 – "Ensina à criança no caminho que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.”
Fico abismada ao ver a educação dada por certos pais hoje em dia! Vejo a tirania exercida pelas crianças pela falta de disciplina e de ensino. Criança precisa ser disciplinada e ter limites.
As crianças são reflexo daquilo que sentem e enxergam, e se não tiverem um exemplo de integridade, de amor e de cuidado certamente manifestarão a sua rebeldia.
Nunca pense que é desperdício o tempo usado para atender a seus filhos. Não deixe que o labor atrapalhe bons momentos que não terão volta.
Os filhos crescem, e os melhores momentos vividos com eles devem ser na infância, porque os frutos colhidos quando se tornarem adultos serão a manifestação viva daquilo que foi adquirido quando crianças.