sexta-feira, 24 de julho de 2009

A HISTÓRIA DE ESTER

Assuero reinava desde a Índia até a Etiópia e resolveu dar um banquete aos príncipes e servos e dignitários de todas as províncias para exibir as glórias de seu reino. Esta festa estendeu-se por 180 dias. Ao final deste tempo, quis também mostrar ao povo a rainha Vasti, sua mulher, para que fosse admirada sua beleza. A rainha, contudo, recusou comparecer a esta festa e foi destituída de seu posto, ficando aberta a vaga para a próxima candidata ao cargo. Foram convocadas todas as belas virgens do reino; entre elas, a judia Ester.
O preparo para apresentar-se diante do rei foi de doze meses:
Est.2:12 – "E, chegando já a vez de cada moça para vir a Assuero, depois de que fora feito a cada uma segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de suas purificações, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias, e com as cousas para a purificação das mulheres)."
O preparo para ser apresentada ao rei pode ser comparado com a apresentação da Igreja (noiva) ao Rei Jesus.
Os seis meses com mirra simbolizam a purificação dos pecados. A mirra serve como esfoliante e emoliente da pele.
Os seis meses com óleos aromáticos simbolizam a unção do Espírito Santo. A noiva a Igreja deve recender ao bom perfume de Cristo.
Pv.27:9 – “O óleo e o perfume alegram o coração.”
II Co.2:15a. “Porque para Deus, somos o bom perfume de Cristo.”
Finalmente, Ester foi escolhida por Assuero:
Est.2:17 – “E o rei amou Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa sobre a sua cabeça, e a fez rainha no lugar de Vasti."
Depois de escolhida, Ester foi submetida a uma grande provação: teria que expor ao Rei o edito de seu principal assessor, Hamã, que pretendia exterminar o povo judeu de todo o reino persa.
Est.2:10 – “Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela; porque Mardoqueu lhe tinha declarado que não o fizesse.”
Mardoqueu, seu tutor, havia lhe instruído que não informasse sua origem, para evitar os preconceitos. Diante da ameaça de Hamã, porém, Mardoqueu foi procurar Ester para que defendesse seu povo.
Ester precisava se apresentar ao rei para que pudesse defender seu povo, mas, para isso, o rei tinha que aceitar recebê-la. Para se aproximar do trono e ser identificada, o cetro do rei era baixado sobre a cabeça do requerente em sinal de aprovação, e a coroa então era colocada sobre sua cabeça. Se o rei não executasse esses gestos rituais, o requerente seria condenado à morte por sua insolência.
Est.4:11 – “Todos os servos do rei e o povo das províncias do rei sabem que a todo homem ou mulher que entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro para que viva, e eu nestes trinta dias não sou chamada para entrar ao rei.”
Este argumento de Ester não satisfez a Mardoqueu:
Est.4:14 – “Porque se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virão para os judeus, porém tu e a tua casa perecerão, e quem sabe se para tal tempo não chegaste a este reino?”
Ester percebeu que tinha uma missão, um propósito a cumprir, mesmo com risco à sua vida. 
No desfecho da história, Assuero atendeu ao pedido de Ester, Hamã foi castigado, Mardoqueu foi exaltado e o povo hebreu, liberto.
Hester, a forma hebraica do nome de Ester, significa o que está oculto, escondido. Neste livro, o nome de Deus não é mencionado uma só vez; também está oculto. Reconhecemos a presença do Senhor através da atitude desta rainha que se submeteu a um jejum total de três dias e colocou em risco a própria vida em favor de seu povo. A humildade diante da autoridade real, o período de purificação, a oração e o jejum preparatórios, o apreço pela verdade, o amor ao próximo em detrimento do amor-próprio são comportamentos de Ester que servem de exemplo a qualquer cristão.
Pela libertação obtida pela rainha Ester, os judeus celebram até o dia de hoje a Festa do Purim, uma das principais festividades judaicas.
Est.9:28 – “E que estes dias seriam lembrados e guardados por cada geração, família, província e cidade, e que estes dias de purim se celebrariam entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente."

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