Na Bíblia vemos que há um espaço de 400 anos entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, que vai desde o último livro Malaquias até o anúncio da vinda do Messias, através de João Batista. Este período intertestamentário é considerado como o silêncio de Deus.
Gn.15:13 – “Então disse o Senhor a Abraão: Sabe com
certeza, que peregrina será a tua descendência na terra alheia, e será reduzida
à escravidão, e será afligida por 400 anos.”
Desde o chamado feito a Abraão para que saísse de sua
terra e de sua parentela (Gn.12:1), o Senhor já determinara este tempo...
Pv.29:18 – Não havendo profecia o povo se corrompe.
Durante este período não houve profetas nem quem
tivesse qualquer revelação da vontade do Senhor.
Hc.1:2 – Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não me
escutaras? Gritarei: Violência! E não me salvarás?
No livro de Malaquias apontam os pecados que levaram
Deus a se manter afastado dos sacerdotes e também do povo.
Pecado dos sacerdotes: falta de santidade, ofertas com
defeito, infidelidade, ingratidão e desprezo pela palavra de Deus.
Pecado do povo: idolatria, divórcio, dízimos roubados,
dúvida sobre o caráter de Deus.
Ex.12:40 – “Ora, o tempo que os filhos de Israel
habitaram no Egito foi de 430 anos.”
O juízo de Deus foi trazido por uma nação opressora de
Israel: o Egito foi a forma de punição para este povo rebelde e contumaz.
Desde Abraão, Deus já havia advertido sobre o destino
deste povo, pois conhece o coração dos homens e na sua onisciência sabe da sua inclinação ao pecado!
Durante a travessia no deserto já haviam se
corrompido, os que permaneceram fiéis da antiga geração foram Josué e Calebe,
os demais foram dizimados. Só a geração que nasceu durante este período chegou
a Terra Prometida.
Durante o período da escravidão egípcia o motivo
principal do silêncio era que Faraó não admitia que ninguém além de seus deuses
fosse adorado. O povo escravizado se submetia ao rigor estabelecido por ele.
Era trágico o destino de quem se lhe opusesse: fugiam para o deserto e eram
perseguidos pelos oficiais e soldados do reino.
Foi o que aconteceu com Moisés: apesar de ser
considerado filho de Faraó e preparado para ser seu substituto, foi obrigado a
fugir para o deserto, com medo da perseguição e da punição. Os escravos não
deixavam sinais nem inscrições, suas tradições eram passadas oralmente.
A escolha de Moisés foi apropriada, pois além de ter
recebido a melhor instrução dos egípcios também tinha o conhecimento dos
princípios de Deus, que lhe foram dados através de sua ama de leite: sua mãe
verdadeira. Foi assim que pode receber todas as instruções recebidas
diretamente de Deus e de todos os acontecimentos que estão registrados nos
cinco primeiros livros da Bíblia: o Pentateuco.
Este intervalo só foi interrompido quando João Batista
começou a conclamar o povo para o arrependimento e anunciar a vinda de Nosso
Senhor Jesus Cristo.
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