sábado, 20 de agosto de 2022

O SILENCIO DE DEUS

Na Bíblia vemos que há um espaço de 400 anos entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, que vai desde o último livro Malaquias até o anúncio da vinda do Messias, através de João Batista. Este período intertestamentário é considerado como o silêncio de Deus.

Gn.15:13 – “Então disse o Senhor a Abraão: Sabe com certeza, que peregrina será a tua descendência na terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por 400 anos.”

Desde o chamado feito a Abraão para que saísse de sua terra e de sua parentela (Gn.12:1), o Senhor já determinara este tempo...

Pv.29:18 – Não havendo profecia o povo se corrompe.

Durante este período não houve profetas nem quem tivesse qualquer revelação da vontade do Senhor.

Hc.1:2 – Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não me escutaras? Gritarei: Violência! E não me salvarás?

No livro de Malaquias apontam os pecados que levaram Deus a se manter afastado dos sacerdotes e também do povo.

Pecado dos sacerdotes: falta de santidade, ofertas com defeito, infidelidade, ingratidão e desprezo pela palavra de Deus.

Pecado do povo: idolatria, divórcio, dízimos roubados, dúvida sobre o caráter de Deus.

Ex.12:40 – “Ora, o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de 430 anos.”

O juízo de Deus foi trazido por uma nação opressora de Israel: o Egito foi a forma de punição para este povo rebelde e contumaz.

Desde Abraão, Deus já havia advertido sobre o destino deste povo, pois conhece o coração dos homens e na sua onisciência sabe  da sua inclinação  ao pecado!

Durante a travessia no deserto já haviam se corrompido, os que permaneceram fiéis da antiga geração foram Josué e Calebe, os demais foram dizimados. Só a geração que nasceu durante este período chegou a Terra Prometida.

Durante o período da escravidão egípcia o motivo principal do silêncio era que Faraó não admitia que ninguém além de seus deuses fosse adorado. O povo escravizado se submetia ao rigor estabelecido por ele. Era trágico o destino de quem se lhe opusesse: fugiam para o deserto e eram perseguidos pelos oficiais e soldados do reino.

Foi o que aconteceu com Moisés: apesar de ser considerado filho de Faraó e preparado para ser seu substituto, foi obrigado a fugir para o deserto, com medo da perseguição e da punição. Os escravos não deixavam sinais nem inscrições, suas tradições eram passadas oralmente.

A escolha de Moisés foi apropriada, pois além de ter recebido a melhor instrução dos egípcios também tinha o conhecimento dos princípios de Deus, que lhe foram dados através de sua ama de leite: sua mãe verdadeira. Foi assim que pode receber todas as instruções recebidas diretamente de Deus e de todos os acontecimentos que estão registrados nos cinco primeiros livros da Bíblia: o Pentateuco.

Este intervalo só foi interrompido quando João Batista começou a conclamar o povo para o arrependimento e anunciar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou sugestão!