domingo, 28 de fevereiro de 2010

AS DEZ PRAGAS DO EGITO

Faraó, rei do Egito, escolheu José, um dos filhos de Jacó, para ser administrador de todas as suas riquezas, dando-lhe o cargo de primeiro-ministro, por perceber que José era um homem capacitado.
Quando houve grande fome naquela região, José convidou seu pai e seus irmãos a se mudar para aquela terra próspera, da qual era administrador. Nesse tempo, sua família era composta de 72 pessoas.
As dez pragas do Egito foram um acontecimento marcante na história do povo hebreu. Este povo foi escravizado por 400 anos no Egito pelos sucessores do Faraó que acolhera José.
Como tornaram-se numerosos, e temendo que tomassem o poder, os sucessores do Faraó a cada dia os oprimiam mais, inclusive deixando de fornecer o material para a confecção de tijolos. A maioria dos hebreus trabalhava em grandes projetos de construção.
Ex.5:7 – “Daqui por diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha”.
Clamaram ao Senhor, que levantou Moisés para libertá-los das mãos de Faraó.
As pragas do Egito desenrolaram-se como intervenções pontuais de Deus para mudar a mente do Faraó, dando livramento ao povo hebreu.
Os deuses do Egito eram numerosos, e as pragas foram planejadas como visitações tanto sobre os egípcios como sobre seus deuses. Foi a forma que Deus usou para confrontar Satanás e suas hostes malignas, envergonhando o inimigo, representado por Faraó, e usando Moisés como intercessor, representando Jesus.
Podemos classificar as pragas em:
1) Repugnantes – água suja de sangue, rãs, piolhos.
2) Dolorosas – úlceras, moscas que picavam, praga dos animais.
3) Apavorantes – chuva de pedras, gafanhotos, trevas.
4) Devastadoras – a morte dos primogênitos.

Os homens tentam explicar cientificamente estes acontecimentos como conseqüência lógica de uma inundação anormal do Rio Nilo. Sabemos que só Deus, em sua soberania, pode justificar tais fatos.
As promessas do Senhor são eternas, e, baseadas nelas, vemos a promessa feita a Abraão e sua descendência:
Gn.15:13,14 – “Então lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por 400 anos. Mas também julgarei a gente a que tem que sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas.”
Nem mesmo as nove primeiras pragas, por mais aterradoras que fossem, puderam comover o coração não regenerado e endurecido de Faraó, que não queria perder esta mão de obra barata e produtiva.

A seqüência das dez pragas vai de Êxodo 7:14 a Êxodo 12:30.
1ª.) A água transformada em sangue – Osíris e Ísis eram guardiães do Rio Nilo e representavam a fertilidade.
2ª.) A terra coberta por rãs – Heqt, a deusa-rã, era adorada por ser a protetora das colheitas.
3ª.) Infestação de piolhos – Seb era o deus egípcio que velava sobre a terra. Todo o pó da terra se transformou em piolhos.
4ª.) Enxame de moscas – Escarabreano, o besouro sagrado, impedia a praga dos insetos.
5ª.) Pestilência sobre os animais – Foi o confronto com Ápis, o touro sagrado, e Hator, a deusa-vaca. Ambos os deuses eram protetores dos animais.
6ª.) Úlceras nos homens e nos animais – Tifó era o deus que zelava pela saúde do povo.
7ª.) Chuva de pedras e fogo – Sho era o deus que cuidava da atmosfera; Reshpu era o  controlador dos relâmpagos; Tot, o deus da chuva e do trovão. Esta calamidade comprovou a ineficácia desses deuses.
8ª.) Praga dos gafanhotos – Serapia era o deus que cuidava das lavouras; Min protegia as colheitas.
9ª.) As trevas sobre a terra – Rá era o deus-sol, adorado por sua forte luz. Hórus era um deus solar. A nuvem de Deus cobriu o sol e estes deuses foram desmoralizados.
10ª.) A morte dos primogênitos – a mais devastadora de todas as pragas. Deus quis mostrar sua soberania a Faraó, e que o poder da vida e da morte pertencem a Ele.

Nesta última praga, vimos que Deus poupou seu povo, obediente ao aspergir o sangue dos cordeiros sobre os umbrais das portas de suas casas, a fim de impedir que o anjo da morte tocasse seus primogênitos.
As divindades do Egito foram confrontadas e derrotadas, ainda que os magos da corte tentassem reproduzir os milagres de Deus. Vimos também que os israelitas foram poupados, pois a cidade de Gosén, onde habitavam, não foi atingida pelas calamidades.
Apesar de todos estes sinais e maravilhas, este povo não tinha ainda discernimento de tudo o que Deus fizera e ainda faria para livrá-los de 400 anos de confinamento em terras estranhas. Seus corações ainda estavam contaminados pelas práticas de adoração aos deuses pagãos. Contudo, o principado que atuava na área de idolatria foi confundido e envergonhado, e o povo foi liberto da escravidão.

O povo de Deus está sempre sendo confrontado com forças malignas. Precisamos estar vigilantes e em oração para prevalecermos contra todas as ciladas que tentam nos prender ou nos destruir.
I Pe.5:8,9ª. – “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé”.

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