A
palavra ga’al (resgatador) ou padah (pagador), no hebraico, significa a
salvação mediante um pagamento para a libertação de quem, por algum motivo se
encontra refém de uma situação. No sentido geral, vemos equipes de resgate que
buscam perdidos ou acidentados. Podemos também resgatar títulos de dívidas e
assim ficarmos quites com nossos credores.
No
Antigo Testamento a palavra resgate refere-se a um ato legal praticado por um
parente: “o resgatador”.
Rute,
nora de Noemi, conseguiu resgatar as terras de sua sogra que haviam sido
abandonadas num momento de fome, ao casar-se com Boaz, o resgatador.
Rt.3.9
– “E disse ele: Quem és tu? E ela disse; sou Rute, tua serva, estende tua aba
sobre mim, porque tu és o remidor.”
O
conceito de resgate, no Antigo Testamento, também era aplicado, além de
propriedades, para animais ou pessoas que, de alguma forma estavam presas à
circunstâncias; e através de um pagamento tornavam-se livres de seus
opressores.
Dt.15:15
–“E lembrar-te-ás de que foste servo na terra do Egito, e de que o Senhor teu
Deus te resgatou.”
A
sunamita, cujo filho foi ressuscitado pela oração feita por Eliseu quando ainda
habitava na terra dos filisteus, recebeu suas terras de volta através da
exposição deste milagre levada ao conhecimento do rei de Israel por Geazi,
ajudante do homem de Deus.
II
Re.8:6 – “E o rei perguntou a mulher e ela lho contou: então o rei lhe deu um
eunuco, dizendo: Faze-lhe restituir tudo quanto era seu, e todas as rendas da
terra desde o dia que deixou a terra até o dia de hoje.”
Estas
histórias são pequenas ilustrações do que Jesus, nosso resgatador, fez por nós.
O Novo Testamento enfatiza o preço pago pela nossa libertação: o precioso
sangue de Jesus.
I
Pe 1:18,19 – “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis com a prata e o ouro
fostes resgatados de vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e incontaminado.”
O
resultado deste resgate, além da remissão de nossos pecados é a motivação de
uma vida de santidade e a liberdade de servirmos ao Senhor dos Senhores: Jesus.
Jo.8:36
– ”Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
Jesus
através da sua crucificação e morte nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós. Ele veio para rasgar nossos títulos de dívida, comprou nossos
direitos de salvação.
Gl.3:13
– “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque
está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.”
Col.2:14
– “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-as na
cruz.”
Podemos
afirmar, usando as mesmas palavras de Jó: O meu Redentor vive! (Jó:19:25)
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