quinta-feira, 17 de junho de 2021

O TOQUE DE JESUS

   Enquanto estivermos vivendo este isolamento inaudito, estamos nos afastando do toque de Jesus. As regras de distanciamento estão produzindo uma insensibilidade que produz uma indiferença em nossos semelhantes com danos imprevisíveis para nosso equilíbrio emocional.

Um bebê começa a se relacionar com o mundo através do tato; logo ao nascer tenta através de suas mãos reconhecer em quem está tocando, ao ser alimentado, colocam suas mãos no seio materno. Quando sentem fome, normalmente levam a mão em sua boca e também choram, e assim vão descobrindo como satisfazer suas necessidades.

A sede de todos os sentidos está na cabeça: visão, audição, olfato, paladar e o tato, ou a pele. A pele é o mais abrangente órgão para entrar em contato com o mundo exterior.

O tato é o maior alerta de todos os sentidos para nossa satisfação emocional. Quem não se beneficia, quando estamos passando por um momento de aflição ou de muita alegria a um abraço, um cumprimento caloroso ou um toque amigo? Quem pode resistir a este toque de amor? Neste momento representamos a presença divina de nosso Criador.

Mas isto está se transformando em um mito, porque liderados por um pânico absurdo, estamos nos afastando das carícias, do afago e do amor expresso através de qualquer  gesto e toque de amor.

Jesus, ao clamor dos cegos, tocou-os e curou-lhes a visão:

Mt.9:29 – Tocou então os olhos deles dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.

Receber o toque de Jesus era o maior anseio da mulher com o fluxo de sangue, mas tocou-lhe as vestes que foi sentido por Jesus que falou:

Lc.8:45b – Quem me tocou?

Observamos a sensibilidade de Jesus ao toque, e através dele, todos obtinham cura para seus males.

Tomé, o discípulo incrédulo só aceitou a morte e ressurreição de Jesus, quando tocou suas chagas, como prova de fé.

Jo.20:25b – Se eu não vir o sinal dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.

Estamos nos transformando em leprosos que ninguém quer tocar, e ficamos através disto, com  nossos sentidos entorpecidos idênticos aos que são acometidos por esta doença.

Além da profusão dos pedidos para cestas básicas para diminuir a fome da população, talvez precisamos também contribuir com a necessidade de um toque de amor, que seria o melhor dos imunizantes.

 

 

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