Um bebê começa a se relacionar com o mundo através do tato; logo ao nascer tenta através de suas mãos reconhecer em quem está tocando, ao ser alimentado, colocam suas mãos no seio materno. Quando sentem fome, normalmente levam a mão em sua boca e também choram, e assim vão descobrindo como satisfazer suas necessidades.
A sede de todos os sentidos está na cabeça: visão, audição, olfato, paladar e o tato, ou a pele. A pele é o mais abrangente órgão para entrar em contato com o mundo exterior.
O tato é o maior alerta de todos os sentidos para nossa satisfação emocional. Quem não se beneficia, quando estamos passando por um momento de aflição ou de muita alegria a um abraço, um cumprimento caloroso ou um toque amigo? Quem pode resistir a este toque de amor? Neste momento representamos a presença divina de nosso Criador.
Mas isto está se transformando em um mito, porque liderados por um pânico absurdo, estamos nos afastando das carícias, do afago e do amor expresso através de qualquer gesto e toque de amor.
Jesus, ao clamor dos cegos, tocou-os e curou-lhes a visão:
Mt.9:29 – Tocou então os olhos deles dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.
Receber o toque de Jesus era o maior anseio da mulher com o fluxo de sangue, mas tocou-lhe as vestes que foi sentido por Jesus que falou:
Lc.8:45b – Quem me tocou?
Observamos a sensibilidade de Jesus ao toque, e através dele, todos obtinham cura para seus males.
Tomé, o discípulo incrédulo só aceitou a morte e ressurreição de Jesus, quando tocou suas chagas, como prova de fé.
Jo.20:25b – Se eu não vir o sinal dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.
Estamos nos transformando em leprosos que ninguém quer tocar, e ficamos através disto, com nossos sentidos entorpecidos idênticos aos que são acometidos por esta doença.
Além da profusão dos pedidos para cestas básicas para diminuir a fome da população, talvez precisamos também contribuir com a necessidade de um toque de amor, que seria o melhor dos imunizantes.
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