MARCADOS PELA TRAIÇÃO

Ex.21:14 – “Mas se alguém agir premeditadamente contra seu próximo, matando-o a traição, tirá-lo-ás do meu altar para que morra.”

As leis do Antigo Testamento eram disciplinadoras e rígidas, na traição sempre há dolo!

Traição é um ato intencional de quebra de fidelidade com compromissos assumidos. A traição é mais abrangente do que o fato em si, seja na área pessoal, profissional, em qualquer tipo de relacionamento, seja por princípios ideológicos, religiosos ou éticos.

Na traição os nossos algozes estão tão próximos que muitas vezes nem desconfiamos.

Judas Iscariotes, o traidor, estava com Jesus quando os guardas vieram prendê-lo.

Jo.18:1,2 – “Tendo Jesus dito isto, saiu com seus discípulos para o ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou com seus discípulos. E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus se ajuntava ali com seus discípulos.”

Jesus, após ter feito uma oração de entrega direta ao Pai de todos os seus discípulos, foi traído por um dos seus acompanhantes.

Jesus foi traído por seu amigo íntimo, que assentava-se à mesa do seu lado esquerdo; lugar de honra, e metia a mão no seu prato, isto é, além de intimidade tinha liberdade de compartilhar da mesma mesa e do mesmo prato.

Lc.22:21,22 – “ Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. E, na verdade o Filho do homem vai segundo está determinado; mas ai daquele homem por quem ele é traído.”

A ferida é muito maior quando procede daqueles que convivemos e amamos. A traição deixa marcas profundas, que podem tornar-se raízes de amargura, tornando-as incapazes de amar, e prendendo-as aos que as feriram pela dificuldade de perdoá-las.

Hb.12:15 – “Tendo o cuidado que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.”

Raiz de amargura é contagiosa. Se você conviver em um ambiente com pessoas amarguradas, provavelmente se tornará seu par, a não ser que possa usufruir da graça de Deus para que tal não aconteça. A amargura, além de contaminar a alma, contamina também o corpo e o espírito.

Na segunda carta dirigida à Timóteo, Paulo alerta seu discípulo e que também serve para nós:

II Tim.3:1,5 –“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias virão tempos difíceis. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes de pais e mães, ingratos e profanos. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te.”